13/01/2010

A hora da partida




A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

Sophia de Mello Breyner Andresen


6 comentários:

Everson Russo disse...

É sempre triste essa hora, algumas vezes a dor é maior pela impossibilidade de voltar, outras por nao voltar mesmo...beijos e bela tarde.

Pena disse...

Simpática Poetiza Amiga:
Tudo aqui maravilha e fascina.
Uma poesia deliciosa e soberba.
Tem uma sensibilidade linda de ouro puro.
Adorei.
Beijinhos amigos de imenso respeito, estima e consideração.
Sempre a lê-la atentamente pelo gigante coração doce que possui.

pena

Excelente.
Bem-Haja, extraordinária poetiza amiga.
MUITO OBRIGADO pela expressão de ternura no meu blogue.
OBRIGADO!

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Doce e lindo poema!!!Partir é mesmo muito complicado,em qualquer situação!!

Um beijo!

Sonia Regina.

angela disse...

Intenso poema. Linda postagem.
beijo

Fernando disse...

Triste y entrañable poema, la partida siempre es dolorosa pero siempre queda la esperanza del retorno. Yo te deseo esa esperanza con todo mi afecto.

chica disse...

Um poema lindo falando fe um tema triste, a partida para outra vida...beijos,chica

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