17/01/2010

A voz do Amor


Nessa pupila rútila e molhada,
Refúgio arcano e sacro da Ternura,
A ampla noite do gozo e da loucura
Se desenrola, quente e embalsamada.

E quando a ansiosa vista desvairada
Embebo às vezes nessa noite escura,
Dela rompe uma voz, que, entrecortada
De soluços e cânticos, murmura...

É a voz do Amor, que, em teu olhar falando,
Num concerto de súplicas e gritos
Conta a história de todos os amores;

E vêm por ela, rindo e blasfemando,
Almas serenas, corações aflitos,
Tempestades de lágrimas e flores...

Olavo Bilac

1 comentário:

Pena disse...

Deliciosa e Soberba Poetiza Amiga:
Escreve de forma pura e brilhante. Ao leve sabor da pena.
Um belíssimo poema doce de amor que vai em si.
Parabéns sinceros. Adorei.
Tem uma sensibilidade de sonho.
Beijinhos amigos de respeito, estima e consideração imensa.
Sempre a admirá-la

pena

É fantástica. Preciosa. Uma amiga gigante de bem.
Bem-Haja, terna amiga.

Related Posts with Thumbnails

Acerca de mim