31/12/2015
23/12/2015
22/12/2015

Ainda saio de teus sonhos,
no mais escuro do quarto,
na cama onde te invento,
afagando as tuas pintas,
descubro teu corpo coberto.
Olhar perdido em teu rosto,
mesmo que perca a conta,
passo mel, passo desejo,
numa forma de expressão,
junto todas as tuas sardas.
Hoje, nesta noite impossível,
bem mais que unir os pontos,
ponho pretextos de felicidade,
nos movimentos da língua.
São horas de contemplação,
uma ternura em cada termo,
com a boca mais que assopro,
ainda trago os teus sinais...
Melina Coury in Taches de rousseur en évidence
Os pigmentos, sobressaem
Timidez...
Timidez...
Invento-te num sonho só meu e sem pudor, desvendo-te os segredos que minha alma ainda encerra… Mostro-te sem rodeios os desejos sentidos, expostos nos arrepios que só teu olhar consegue provocar. Seguindo sem medo, as estradas traçadas na pele para te levar ao mais infinito sentido de prazer…
Dispo-me das incertezas para abraçar a cor da paixão que me envolve o corpo com seu manto quente, feito de vontades urgentes. E em gestos inquietos, guio-te nesse fogo que me queima por dentro…
Revelo-te na minha nudez, o desejo da entrega que me assalta como uma tempestade e num último esgar de lucidez, diante desta loucura que é amar-te, transparece toda a timidez deste meu ser!
Segredo de... Fátima
21/12/2015
17/12/2015
Maria Joao & Mairio Laginha - Um Amor
eu lhe ouvi entrar
vi no seu olhar
que estava querendo me atormentar
e reagi sem ver
coração tocando o céu da boca
minha alma louca
ai minha voz saindo
andando sem roupa
nua de palavras
queimando de intenção
digo afogueada
algo sem retorno e sem razão
foi como se pegasse fogo em fria água
como se empurrasse a escuridão,
como se iluminasse
meu amor ficasse pertinho
jurando servidão.
16/12/2015
Benditas sejam todas as paixões...
Benditas sejam todas as paixões , as desvairadas, as desenfreadas, as inconsequentes paixões. Benditas as mãos a tremer, os dedos nervosos a suar.
A inquietação dos minutos rápidos e dos segundos lentos.
Esse sentimento bom, angustia ruim. O pulso a acelerar , o congelar do ventre…o viver intensamente.
Precisamos de paixão…só é assim é que nos sentimos vivos.
Seja platônica, real, idealizada,carnal, possível.
Algo que nos desperte apetites vorazes , que nos aumente a fome de viver.
Bom mesmo é poder colher paixões é só então comê-las de colher, como um doce de leite…lambuzarmos dos ossos à alma e jamais sairmos ilesos.
Erikah Azzevedo
A inquietação dos minutos rápidos e dos segundos lentos.
Esse sentimento bom, angustia ruim. O pulso a acelerar , o congelar do ventre…o viver intensamente.
Precisamos de paixão…só é assim é que nos sentimos vivos.
Seja platônica, real, idealizada,carnal, possível.
Algo que nos desperte apetites vorazes , que nos aumente a fome de viver.
Bom mesmo é poder colher paixões é só então comê-las de colher, como um doce de leite…lambuzarmos dos ossos à alma e jamais sairmos ilesos.
Erikah Azzevedo
07/12/2015
Sempre quis a tua mão na minha
Ele
Já começa a beijar o meu pescoço
com sua boca meio gelada meio doce,
já começa a abrir-me seus braços
como se meu namorado fosse,
já começa a beijar a minha mão,
a morder-me devagar os dedos,
já começa a afugentar-me os medos
e dar cetim de pijama aos meus segredos.
Todo ano é assim:
vem ele com seus cajás, suas oferendas, suas quaresmeiras,
vem ele disposto a quebrar meus galhos
e a varrer minhas folhas secas.
Já começa a soprar minha nuca
com sua temperatura de macho,
já começa a acender meu facho
e dar frescor às minhas clareiras.
Já vem ele chegando com sua luz sem fronteiras,
seu discurso sedutor de renovação,
suas palavras coloridas,
e eu estou na sua mão.
Elisa Lucinda
03/12/2015
Quem te pudesse ver
Quem te pudesse ver na intimidade
ondulando nas chamas do desejo,
podia ver aquilo que eu só vejo:
um diabo vicioso em liberdade.
E quem te vê, assim, em sociedade,
frágil e doce como é o poejo,
corando simplesmente com um beijo,
não poderá saber qual a verdade:
se és uma, se és outra, se és nenhuma,
se tudo em ti é feito por medida,
se és talhada em basalto ou se és espuma.
Mas nem que nisso gaste toda a vida,
eu hei-de descobrir-te. Ver-te, em suma,
na minha cama nua e não despida.
Joaquim Pessoa
In: O Poeta Enamorado, 2015
Foto: Karol Baxrbosa
26/11/2015
19/11/2015
Após o banho nua
Após o banho, nua
ainda, o corpo húmido
ao meu encontro, visão,
relembro, cálido êxtase,
os seios entrevistos
no decote frouxo, agora, nua,
toalha molhando-se, ressurgem
após o banho,
fremindo, suave embalo, avidez
de língua e mãos, nua, vens,
perfume, sulcos na pele,
ansiada espera, curvas, a entrega
ao meu olhar, bocas, rosa
túmida, pétala, sucção, espuma,
resplandeces para mim, nua,
após o banho.
Fernando Py
17/11/2015
A cor do desejo - Ney Matogrosso
A Cor do Desejo
Ney Matogrosso
A tua boca anda oca
Da minha língua
da minha língua
A minha língua anda à míngua
Sem tua boca
sem tua boca
Exatos são os teus olhos que invadem
E me revelam teu coração
Exata é a cor do teu deserto
A dor do teu deserto
Exatos são teus beijos que me acertam
E a ti revelam meu coração
Exata é a cor do teu desejo
A dor do teu desejo
14/11/2015
04/11/2015
Entrega
![]() |
Lifesize carrara marble sculpture, Cicero D'Ávila |
Ante tu fuego vivo
mi carne se deslumbra,
y surge castamente
entre el temblor rosado
de mi liviano traje
para poder ser tuya.
¿No aspiras en el aire
una fragancia débil
que enerva y que conturba?
¿No sientes que tu aliento
se prende como un velo
de sombra en mi cintura?...
Ya ves que hasta mis ojos
en esta noche tienen
fulguración oscura,
y en tus rodillas firmes
mis manos se desgranan
como rosas maduras.
Y al enredar tus dedos
en mis cabellos claros
siento extraña frescura,
mientras caen tus besos
en mi boca sedienta
con la humedad fragante
que se raja una fruta.
Aspírame despacio....
Iniciaré mi entrega
sobre tu carne oscura,
y me alzaré del fuego
santificada y bella
como se alza del mármol
una estatua desnuda.
Nua
![]() |
Caroline Andersen |
Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.
Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.
Teus exíguos
— Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos —
Brilham.) Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!
Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.
Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.
Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu'alma
Nua, nua, nua...
Manuel Bandeira in Estrela da Tarde
02/11/2015
31/10/2015
Um Poema de Amor
todas as mulheres
todos os beijos delas as
formas variadas como amam e
falam e carecem.
suas orelhas elas todas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
maridos.
principalmente
as mulheres são muito
quentes elas me lembram a
torrada amanteigada com a manteiga
derretida
nela.
há uma aparência
no olho: elas foram
tomadas, foram
enganadas. não sei mesmo o que
fazer por
elas.
sou
um bom cozinheiro, um bom
ouvinte
mas nunca aprendi a
dançar — eu estava ocupado
com coisas maiores.
mas gostei das camas variadas
lá delas
fumar um cigarro
olhando pro teto. não fui nocivo nem
desonesto. só um
aprendiz.
sei que todas têm pés e cruzam
descalças pelo assoalho
enquanto observo suas tímidas bundas na
penumbra. sei que gostam de mim algumas até
me amam
mas eu amo só umas
poucas.
algumas me dão laranjas e pílulas de vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
malucas mas nenhuma delas é
desprovida de sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre
são as melhores em
outras coisas; todas têm limites como eu tenho
limites e nos aprendemos
rapidamente.
todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos de dormir
os tapetes as
fotos as
cortinas, tudo mais ou menos
como uma igreja só
raramente se ouve
uma risada.
essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto e a
carência me
sustentaram, me
sustentaram.
(Tradução: Jorge Wanderley)
Amar con los cinco sentidos.
"Para ti, que me enseñaste el lenguaje de la sensualidad, vaya donde vaya, siempre te llevaré presente. No me importará los mares donde pueda perderme, porque siempre amaneceré en la playa de tu vientre."
30/10/2015
"SIMPLY FALLING"...IYEOKA
There goes my heart again
All of this time i thought we were pretending
Nothing looks the same when your eyes are open
Now you're playing these games to keep my heartbeat spinning
You show me love, you show me love
You show me everything my heart is capable of
You reshape me like butterfly origami
You have broken into my heart
This time i feel the blues have departed
Nothing can keep me away from this feeling
I know i am simply falling for you
I'm taking time to envision where your heart is
And justify why you're gone for the moment
I tumble sometimes, looking for sunshine
And you know this is right when you look into my eyes
You show me love, you show me love
You show me everything my heart is capable of
And now i can't break away from this fire that we started
There my heart goes again
In your arms i'm falling deeper
And there's nothing to break me away from this
19/10/2015
Tentei fugir...
Tentei fugir da mancha mais escura
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.
Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.
Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão...
Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que me sai, sem voz, do coração.
DAVID MOURÃO-FERREIRA,
in INFINITO PESSSOAL in OBRA POÉTICA 1988
Educação Sentimental
Educação sentimental
Põe devagar os dedos
devagar...
Carrega devagar
Até ao cimo
o suco lento que
sentes escorregar
é o suor das grutas,
o seu vinho
Contorna o poço,
aí tens de parar,
descer, talvez,
tomar outro caminho...
Mas põe os dedos e sobe
devagar...
Não tenhas medo
daquilo que te ensino
Maria Teresa Horta in Poesia Reunida Pág. 352, Publicações Dom Quixote
16/10/2015
Quero apenas ver você
Quero apenas ver você, sentir você, pegar em você como se pega num objeto precioso. Ter mais uma vez (a última?) a sensação de que você é uma admirável criação da natureza ou do demônio, uma coisa diferente de todas as coisas.
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
Após o banho, nua
Após o banho, nua
ainda, o corpo húmido
ao meu encontro, visão,
relembro, cálido êxtase,
os seios entrevistos
no decote frouxo, agora, nua,
toalha molhando-se, ressurgem
após o banho,
fremindo, suave embalo, avidez
de língua e mãos, nua, vens,
perfume, sulcos na pele,
ansiada espera, curvas, a entrega
ao meu olhar, bocas, rosa
túmida, pétala, sucção, espuma,
resplandeces para mim, nua,
após o banho.
Fernando Py
11/10/2015
Carícia Perdida
Se me va de los dedos la caricia sin causa,
se me va de los dedos... En el viento, al pasar,
la caricia que vaga sin destino ni objeto,
la caricia perdida ¿quién la recogerá?
Pude amar esta noche con piedad infinita,
pude amar al primero que acertara a llegar.
Nadie llega. Están solos los floridos senderos.
La caricia perdida, rodará... rodará...
Si en los ojos te besan esta noche, viajero,
si estremece las ramas un dulce suspirar,
si te oprime los dedos una mano pequeña
que te toma y te deja, que te logra y se va.
Si no ves esa mano, ni esa boca que besa,
si es el aire quien teje la ilusión de besar,
oh, viajero, que tienes como el cielo los ojos,
en el viento fundida, ¿me reconocerás?
Alfonsina Storni
Sai-me dos dedos a carícia sem causa,
Sai-me dos dedos a carícia sem causa,
Sai-me dos dedos... No vento, ao passar,
A carícia que vaga sem destino nem fim,
A carícia perdida, quem a recolherá?
Posso amar esta noite com piedade infinita,
Posso amar ao primeiro que conseguir chegar.
Ninguém chega. Estão sós os floridos caminhos.
A carícia perdida, andará... andará...
Se nos olhos te beijarem esta noite, viajante,
Se estremece os ramos um doce suspirar,
Se te aperta os dedos uma mão pequena
Que te toma e te deixa, que te engana e se vai.
Se não vês essa mão, nem essa boca que beija,
Se é o ar quem tece a ilusão de beijar,
Ah, viajante, que tens como o céu os olhos,
No vento fundida, me reconhecerás?
Alfonsina Storni
(Tradução de Carlos Seabra)
Quando anoitece...
![]() |
katarina-blazhievskaya |
Quando anoitece
contorno no meu rosto
o perfil do dia que passou
e tudo o que não sou
me contradiz.
Quando anoitece
atravesso um labirinto
caiado de paixão,
pretexto circular
da minha fé.
Quando anoitece
faço emergir do abismo
um instinto quase secreto
e fujo da noite,
em vertiginosa simetria com o vento,
como se fosse um equívoco
esperar a madrugada
com a mesma lentidão
de um acto íntimo.
Contra um muro branco
esta lonjura gémea do vento.
Uma casa ou um regaço
alternando a desordem
de corpos molhados
numa dicotomia simulada
quando o prazer
é o reflexo nítido
de um coágulo de azul
queimado sobre madrepérolas.
São corais que no fundo da água
não quebram as vagas silvestres.
Nasci agora
enquanto uma andorinha
baloiçava no espelho
atravessado de pólen.
Sou, sílaba por sílaba,
o luto ou a negação
de desumanos deuses.
Quando anoitece …
Graça Pires
contorno no meu rosto
o perfil do dia que passou
e tudo o que não sou
me contradiz.
Quando anoitece
atravesso um labirinto
caiado de paixão,
pretexto circular
da minha fé.
Quando anoitece
faço emergir do abismo
um instinto quase secreto
e fujo da noite,
em vertiginosa simetria com o vento,
como se fosse um equívoco
esperar a madrugada
com a mesma lentidão
de um acto íntimo.
Contra um muro branco
esta lonjura gémea do vento.
Uma casa ou um regaço
alternando a desordem
de corpos molhados
numa dicotomia simulada
quando o prazer
é o reflexo nítido
de um coágulo de azul
queimado sobre madrepérolas.
São corais que no fundo da água
não quebram as vagas silvestres.
Nasci agora
enquanto uma andorinha
baloiçava no espelho
atravessado de pólen.
Sou, sílaba por sílaba,
o luto ou a negação
de desumanos deuses.
Quando anoitece …
Graça Pires
10/10/2015
Temor de teus olhos
![]() |
Alda Merini |
TEMOR DE TEUS OLHOS
Temor de teus olhos,
De esse vértice puro
Onde o pensamento bate,
Temor do teu olhar
Secreto veludo de álgebra
Com o qual me percorres,
Temor das tuas mãos
Suaves ímanes
Que procuram seiva,
Temor dos teus joelhos
Que premem o meu colo
E temor uma vez mais,
Até que o mar imerge
Esta minha débil carne
E eu desaurida descanso
Sobre ti tornado praia
Eu que me torno onda
Que tu golpeias, golpeias
Com o teu remo de Amor.
Alda Merini
09/10/2015
Posse
![]() |
Pintura de Andrés Kovelinas |
Eu canto a nudez de te possuir
dentro de uma voz que para te dizer se abrasa
mas calo-me como apagada água
ante o fogo que significas.
Gonçalo Salvado
08/10/2015
Posso beber o amor...
Posso beber o amor pelo copo dos teus lábios?
O disco chega ao fim; um ruído de rua
entra pela janela; não sei se ainda é dia,
ou se a noite começa. Mas o mundo
não interfere no equilíbrio frágil
das nossas vidas. Este copo não se esvazia; e
os teus olhos levam-me à fronteira
do sonho, para que a passe, e entre
contigo num país de nuvem. O meu passaporte
são as tuas mãos; o mapa que nos guia,
a respiração incerta do desejo. «Por
isso me perco», dizes. «Por isso te
encontro», respondo. E a noite que
nos separa é o dia que nos reúne.
Nuno Júdice
Flor aberta...
Flor aberta fosses:
eu, ávido beija-flor, te sugaria
*
Desenho a tinta da china, por ©Carmo Pólvora
*
(LT)
*
(LT)
02/10/2015
Tout est dejá mort...
Tout est déjà mort
sommes-nous les fleurs sur les tombes
sommes-nous les vases renversés du vent
sommes-nous l'eau qui stagne dans l'arrosoir des mémoires
et sommes-nous les larmes sur la faïence brisée
Sommes-nous l'ombre des monologues
à la lumière éphémère des voix
sommes-nous les vestiges des souvenirs que nous fûmes
sommes-nous des jalons de vies pétrifiés
sommes-nous d'anciens cratères d'ancien tumultes
sommes-nous les spectres des amours fusillés debout
sommes-nous les ruines des sentiments anciens
sommes-nous posés là comme un alphabet oublié
depuis toujours et pour toujours
sommes-nous là dans l'incapacité de presque tout
comme si tout était déjà mort.
Jacques Dore
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